Ritmo natural do inglês: o segredo para uma pronúncia como a de um nativo

Foto da cidade iluminada à noite e o fluxo de carros criando um desenho de riscos luminosos nas ruas. Imagem usada para ilustrar o ritmo mencionado no texto comparando-o ao do trânsito.
Foto original de ALTEREDSNAPS

É possível dizer que tudo aquilo que envolve uma sequência de sons apresenta também um ritmo — até porque mesmo os sons apresentam naturalmente aspectos regulares. O ritmo é, senão, um tipo de organização dos sons dessa sequência.

Constituídas de sons, as línguas faladas ao redor de todo o mundo não fogem a essa organização. Por isso, pode-se falar da existência do ritmo natural das línguas e, portanto, do ritmo natural do inglês.

Ao menos nas línguas, o ritmo se refere ao fluxo e ao compasso que elas apresentam durante a fala. Em outras palavras, faz referência à regularidade com que se manifestam certos aspectos da oralidade dos quais dispomos ao utilizá-la.

Esses aspectos são a tonicidade, a quantidade e o tempo de duração das sílabas (ou moras).

É partindo dessa conclusão que, nesse conteúdo, vamos tratar do ritmo das línguas e, mais especificamente, daquele observado na língua inglesa.

Quais os elementos que constroem o ritmo natural do inglês?

Como comentado acima, o ritmo da língua é formado principalmente por elementos como a tonicidade, a quantidade e o tempo de duração das sílabas. Eles contribuem para criar um sentido de movimento por meio da regularidade com que aparecem ao longo da sequência de sons.

São responsáveis por gerar o fluxo e a batida da fala, de modo semelhante aos de uma música ou de um poema. Na oralidade, que é caracterizada pela espontaneidade, não existe obviamente tanta rigidez e precisão, apesar da semelhança.

A seguir, vamos conhecer um pouco desses elementos.

Tonicidade

Em inglês, essa característica pode se manifestar em dois níveis: o da palavra e o da frase. Fique atento aos tópicos a seguir para saber sobre cada um deles.

Tonicidade da sílaba

Entre os sons que formam a nossa fala, alguns recebem um certo destaque. Eles são pronunciados com uma ênfase maior em determinados aspectos da oralidade. São esses aspectos:

  • o volume: que é a intensidade ou, como falamos comumente, a altura de um som (como quando mudamos o volume da música que estamos ouvindo no celular);
  • o tom: que se refere a quando um som é grave ou agudo, o que popularmente chamamos de som fino (como a voz daquele amigo que você tanto zoa) ou som grosso (como a voz do locutor do rádio que apaixona todo mundo); e
  • a duração: que trata do tempo que um som dura; ou seja, simplesmente, se é um som breve ou longo (como aquela música de espera das ligações de atendimento que nunca acaba).

Alguns desses aspectos são mais afetados que outros, o que os torna mais relevantes. Apesar disso, é a essa característica da fala que chamamos de tonicidade, garantida pela existência do acento tônico (stress accent). Ela serve como apoio para que consigamos pronunciar todos os sons de uma sequência.

Os sons da fala também apresentam uma estrutura. Eles são divididos em dois tipos: consoantes e vogais. As consoantes se agrupam em torno de uma vogal, criando uma sílaba. Por sua vez, as sílabas se combinam e formam as palavras.

Nesse contexto, o acento tônico ocorre nos sons vocálicos, mas afeta também as consoantes da sílaba. Assim, ele recai sobre ao menos uma sílaba de cada palavra, que é a sílaba tônica (word stress).

Em alguns casos, outra sílaba recebe um acento que é secundário, mais fraco que o principal. Isso acontece não só no inglês, mas também no português, especialmente em palavras derivadas, como alegremente, girassol, guarda-roupa, entre outras.

Em resumo, no inglês, a acentuação pode se manifestar de três formas na palavra: acento principal, acento secundário e ausência de acento (vogais, sílabas ou monossílabos átonos).

Tonicidade da frase

No nível da frase, algumas palavras são mais importantes que outras. São aquelas que carregam uma mensagem, pois dão nome àquilo que existe no mundo, são palavras lexicais (content words). Já as outras palavras são responsáveis por organizar a língua de acordo com características e funções da gramática, são palavras gramaticais (function words).

As content words (ou suas sílabas tônicas) são pronunciadas com mais clareza e são mais bem articuladas. Por isso, são facilmente ouvidas na fala de nativos. As function words, no entanto, intencionalmente não apresentam essas características, o que faz com que passem praticamente despercebidas. Elas sofrem o que se chama de redução de palavras (Word Reduction).

Isso cria determinados padrões de acentuação na frase. Por exemplo:

  • WHAT’S your NAME? (OoO)
  • SEE you LAter! (OoOo)
  • a PIECE of CAKE (oOoO)
  • WHERE do you LIVE? (OooO)
  • Do you LIKE it? (ooOo)
  • WHAT do you DO for a LIVing? (OooOooOo)

Além disso, mesmo entre as content words de uma frase, existem também algumas palavras que têm uma ênfase maior. De certo modo, elas resumem a intenção da mensagem, respondendo a uma pergunta interna. Na maioria das vezes, é a última content word da frase.

Por exemplo, “she bought a car” (ela comprou um carro). “What did she buy? A car” (o que ela comprou? um carro). Essa é a palavra lexical mais importante da frase. Apesar de “bought” ser uma content word e ser pronunciada com clareza e destaque, “car” é a palavra mais destacada da frase.

Quantidade de sílabas

Assim como os sons, as sílabas também mostram um tipo de organização. Juntas, elas formam as palavras que compõem o vocabulário da língua. As palavras podem ser compostas de uma ou de diversas sílabas; essa quantidade varia de língua para língua.

Por sua vez, o número de sílabas determina o tamanho das palavras. Em português, por exemplo, as palavras tendem a ser mais longas do que as do inglês, que são geralmente mais curtas, em especial aquelas mais usadas no dia a dia.

Esse tamanho tende a implicar no ritmo da língua, uma vez que, quanto mais longa uma palavra for, mais sons para serem pronunciados. Ao mesmo tempo, a pronúncia desses sons pode sofrer modificações devido aos padrões impostos pelo ritmo.

Tempo de duração das sílabas

Não é necessário ser um expert para entender que a fala em qualquer língua toma tempo, basta ouvir qualquer podcast. Isso, obviamente, tem a ver com questões da física e da emissão de sons. Em algumas línguas, porém, esse aspecto é muito importante ou mesmo distintivo.

Em japonês, por exemplo, uma mesma vogal pode ser curta ou longa, o que dá origem a palavras diferentes. As palavras ”ojisan”, que significa tio, e “ojiisan”, que significa avô, são diferenciadas pela duração da vogal “i”. Ou seja, a gente já entra na língua confundindo os parentes.

No inglês, essa característica da fala tem grande influência no ritmo. As sílabas tônicas são pronunciadas com uma duração maior do que a das átonas, o que ajuda a estabelecer um contraste necessário para o ritmo e importante para a compreensão.

Como esses elementos criam o ritmo natural do inglês?

A tonicidade, a quantidade e a duração das sílabas interagem entre si na organização do ritmo — o fluxo e o compasso. Este por sua vez está intimamente ligado ao tempo.

O contraste estabelecido entre as sílabas tônicas e as sílabas átonas criam a batida da fala devido ao volume maior ou menor dos sons. É como se você batesse com a mão numa mesa repetidamente, ora com mais força, ora com menos força; mas altera entre batida forte e fraca aleatoriamente, sem uma regularidade.

Porém, ao mesmo tempo, as sílabas tônicas têm de ser alongadas, o que significa que são pronunciadas por mais tempo. E, para que o intervalo de tempo entre as sílabas tônicas seja aproximadamente igual, as sílabas átonas entre elas precisam ser comprimidas, independentemente do seu número. Dessa forma, se encaixam nos padrões ditados pelo ritmo.

Isso também cria um contraste relacionado à duração e ajuda a criar o compasso, já que as sílabas tônicas passam, portanto, a aparecer em intervalos regulares, como se agora você batesse com a mão na mesa, porém com um certo número de batidas fracas entre as batidas fortes.

No caso do inglês, porém, o número de batidas fracas entre as batidas fortes não é relevante. Você poderia ter a seguinte sequência: 3 batidas fracas, 1 forte, 2 fracas, 1 forte, 4 fracas e 1 forte. Acontece que o tempo de duração das batidas fracas vai ser igual e, quanto mais batidas fracas existir entre as fortes na sequência, mas rápidas serão, para garantir a mesma duração.

E fazer isso com a mão é surpreendentemente mais difícil do que imaginei ao propor essa comparação. Mas sigamos com ela.

Isso pode ser ilustrado pela imagem abaixo. O negrito representa a tonicidade, enquanto o tamanho indica a duração.

Imagem com retângulo branco sobreposto a um fundo azul claro. No retângulo, frases com palavras grandes e largas em negrito e outras estreitas e em estilo normal que ilustram o ritmo natural do inglês.

Todas as frases acima levam aproximadamente o mesmo tempo para serem pronunciadas, embora a cada frase mais palavras sejam adicionadas. Isso acontece porque apresentam o mesmo número de sílabas tônicas (KIDS, LOVE, SWEETS), o que determina a duração da frase.

Os sons ainda sofrem outras alterações. Para serem comprimidas e caberem no tempo, as sílabas átonas têm seus sons simplificados ou mesmo eliminados; ou seja, os sons são reduzidos. Em contrapartida, as tônicas precisam ser pronunciadas com muita clareza e muito bem articuladas para não comprometer o entendimento.

Para facilitar a compreensão, vou utilizar como exemplo um poema de Gonçalves Dias, chamado de I-Juca Pirama. Nesta estrofe, temos em todos os versos a sequência 1 sílaba átona, 1 tônica (em negrito), 2 átonas, 1 tônica (em métrica poética, as sílabas depois da última tônica não são consideradas), e essa alternância cria o ritmo.

meu CANto de MORte
guerREIros, ouVI:
sou FIlho das SELvas
nas SELvas cresCI
guerREIros, desCENdo
da TRIbo tuPI.

Ao recitar esse poema é muito fácil de notar como essa organização dá ao texto um sentido de movimento e compasso devido a regularidade com que aparecem as sílabas tônicas.

Quais outros aspectos também estão relacionados ao ritmo do inglês?

Vejamos abaixo dois outros aspectos muito característicos do inglês.

Redução de palavras

A redução de palavras é um termo amplo, usado para descrever um conjunto de fenômenos fonológicos das línguas. Provocam geralmente uma alteração de um som para outro mais simples de ser articulado, porém, pode chegar a eliminá-lo completamente. Eles afetam tanto os sons consonantais quanto os vocálicos.

O mais notável e extenso desses fenômenos é conhecido como redução de vogais (vowel reduction). É um termo que explica as alterações nos sons das vogais átonas que as transformam em outras vogais ou mesmo as eliminam.

A redução de vogais é uma característica fortemente ligada às línguas de ritmo como o do inglês.

Nas frases da imagem mostrada acima, as palavras the, will e have são palavras gramaticais, por isso sofrem redução. No caso da palavra the /ˈðɪ/, a vogal é reduzida para um “schwa” /ə/ — é a vogal mais abundante no inglês e basicamente na qual todas as vogais reduzidas se transformam. Assim, para the kids e the sweets, temos /ðəˈkɪdz/ e /ðəˈswits/.

No caso dos verbos auxiliares will e have, a redução pode ser ainda maior. Em will /ˈwɪl/, a vogal pode ser transformada em “schwa” ou mesmo eliminada, o que também pode acontecer com a consoante /w/, sendo pronunciada como /wəl/, /əl/ ou [l̩].

Em have /ˈhæv/, além da vogal reduzida, a consoante /h/ pode ser completamente eliminada, sendo pronunciada como /həv/ e /əv/. Há contextos ainda em que até o /v/ é eliminado, restando apenas a vogal /ə/.

Connected speech

Quando estamos conversando normalmente, as palavras que dizemos juntam-se de forma que os limites entre elas deixam de ser claros. Os sons se ligam, se juntam em um só, assumem características de outro som (anterior ou posterior), ou mesmo são eliminados da palavra.

Por esse motivo, a fala simplesmente sai conectada e fluida, sem quebras entre as palavras e principalmente entre os sons. A isso, damos o nome de connected speed (fala conectada), e acontece por causa de uma tendência natural dos falantes de reduzir o esforço para a articulação dos sons ao máximo e por dificuldades fisicomotoras de isolar os sons falados em conjunto.

Cada língua tem suas próprias maneiras de fazer isso acontecer. No inglês, encontramos fenômenos como os que se encontram a seguir. 

Assimilação:

Os sons assimilam características dos sons próximos.

  • Em “I have to go”, o som do “t” transforma o som de “v” em um som de “f”; o que chamamos de desvozeamento, pois passa a ser pronunciado sem a voz; isso dá origem a “I haf to go”;
  • Em “did you”, o som do “y” de “you”, um som próximo ao de um “i”, transforma o “d” em “dj”, fenômeno conhecido como palatalização porque o “d” passa a ser realizado no céu da boca, o palato; o resultado é “didju”;
  • Em “this shop”, o som do “sh” é um som de “x”, que transforma o som do “s” de “this” em um som de x também (basicamente se tornam um só som de x alongado);
Apagamento:

Alguns sons são eliminados da pronúncia.

  • Em “ask him” /ˈæskhɪm/, o som do “h” desaparece, ficando “ask ‘im”/ˈæskɪm/;
  • Em “of time”/əfˈtaɪm/, o som do “f” é eliminado, restando apenas “o’ time”/əˈtaɪm/;
Linking (liaison):

Os sons conectam-se uns aos outros. Alguns sons são acrescentados para facilitar a ligação.

  • Em “I see it” /ajˈsiɪt/, para unir as vogais, um pequeno som de “i” /j/ é acrescentado, ficando “I see yit” /ajˈsijɪt/;
  • Em “they blew it” /ˈðeɪˈbluwɪt/, um pequeno som de “u” é incluído entre as vogais, resultando em “they blew wit” /ˈðeɪˈbluwɪt/.

Qual o tipo de ritmo natural do inglês?

Uma teoria amplamente aceita no ensino de línguas, mas que já causou muitas complicações no meio científico, categoriza as línguas em duas classes com base no ritmo que apresentam. Elas são de ritmo silábico e ritmo acentual. Porém, há ainda quem fale do ritmo moraico.

Como o ritmo é observado como uma característica temporal, a regularidade está relacionada ao tempo em que os elementos aparecem.

Silábico (syllable-timed)

São dessa classe as línguas em que a regularidade do ritmo se encontra na duração de cada sílaba das palavras. Isto é, todas as sílabas apresentam, superficialmente falando, o mesmo tempo de duração. A depender da língua, a sílaba tônica pode ter um tempo maior de duração.

Como a quantidade de sílabas varia entre palavras, o tempo que leva para pronunciar uma frase depende do número de sílabas das palavras escolhidas e, de forma semelhante, do número de palavras que compõem a frase. Quanto maior o número de palavras nela, mais se leva tempo para pronunciá-la.

São considerados exemplos de línguas com esse ritmo o espanhol e o francês, mas alguns estudiosos também incluem o japonês, por desconsiderarem o ritmo moraico. De modo semelhante, alguns incluem o português brasileiro.

Acentual (stress-timed)

Nas línguas que pertencem a essa classe, o ritmo está relacionado não à duração da sílaba, mas à tonicidade. Nessas línguas, as sílabas apresentam durações diferentes. As sílabas tônicas tendem a ser longas e claras, enquanto as sílabas átonas tendem a ser bem curtas e discretas.

Sendo assim, a regularidade do ritmo está no tempo entre uma sílaba tônica e outra. As átonas que aparecem nesse meio, independentemente da quantidade, são encurtadas para manter o intervalo entre as tônicas aproximadamente igual.

Assim, desde que se mantenha o mesmo número de sílabas tônicas de uma frase, ou de content words, é possível adicionar várias sílabas átonas, ou function words, e o tempo da frase permanecer mais ou menos igual, como ilustrado na imagem.

Esse é o ritmo do inglês, mas também encontrado em outras línguas, como o russo, o português lusitano, o árabe, entre outras. Alguns linguistas também incluem o português brasileiro nesse ritmo.

Moraico (mora-timed)

Algumas línguas apresentam uma unidade de tempo diferente da sílaba chamada de mora. Nessas línguas, cada mora tem aproximadamente a mesma duração. Porém, as moras têm características que as diferem das sílabas.

A formação das sílabas está ligada ao tipo de som (consoante ou vogal), enquanto a das moras, ao tempo de duração. Por isso, uma consoante não pode formar uma sílaba, mas pode formar uma mora, o que vai depender de sua duração.

Para explicar essa diferença, vamos usar palavras do Japonês, que é considerada a língua mais característica do ritmo moraico.

A palavra “nihon”, que significa Japão, é composta de 3 moras: “ni-ho-n”, cada uma delas apresenta basicamente a mesma duração. Porém, ela apresenta 2 sílabas: “ni-hon”, porque a consoante “n” não pode formar uma sílaba sozinha, já que não é uma vogal. Por sua vez, “hon” é uma sílaba com o dobro da duração de “ni”.

Assim, uma sílaba pode conter mais de uma mora, mas uma mora só pode apresentar uma sílaba.

Outras línguas com esse ritmo são o coreano e o eslovaco.

Conclusão

O ritmo natural do inglês é um aspecto fundamental que você pode dominar para aprimorar sua fluência. Esse ritmo é caracterizado pela interação entre tonicidade, quantidade e duração das sílabas. O inglês é uma língua de ritmo acentual (stress-timed), em que as sílabas tônicas ocorrem em intervalos regulares, criando padrões rítmicos.

Na prática, esse ritmo é marcado pela pronúncia clara e prolongada das sílabas tônicas, enquanto as átonas são comprimidas. Isso resulta em uma fala fluida e conectada que você consegue perceber ao assistir qualquer filme ou série em inglês.

Fenômenos como a redução de palavras, especialmente a redução de vogais, e o “connected speech” contribuem para a ocorrência desse ritmo na língua.

Compreender e dominar o ritmo natural do inglês é crucial para garantir que você use a língua de forma eficaz, tanto na sua pronúncia quanto na sua compreensão auditiva. Ao praticar a redução de palavras e a fala conectada, você desenvolve uma comunicação mais natural e autêntica, evitando mal-entendidos e soando mais como um falante nativo.

Lembre-se, quanto mais você se expuser e praticar esse ritmo característico, mais natural e fluente será sua comunicação em inglês.

Para aprender mais sobre esses aspectos que constroem a prosódia do inglês, dê uma olhada em nosso post sobre por que você não compreende o que os nativos falam. Até lá.

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